Esqueça as praias paradisíacas e o clima tropical. O novo cartão-postal de Prado, no sul da Bahia, agora é o escândalo do lixo mais glamouroso do país. Com direito a contrato de R$ 7,5 milhões, caminhões fantasmas, urubus performáticos e prefeito querendo dar uma de James Bond em missão internacional, o caso virou novela – e daquelas que nem o streaming quer perder.
Tudo começou com o prefeito Gilvan da Silva Santos, que assinou com entusiasmo juvenil um contrato milionário com a empresa Pentágono. Sim, Pentágono, porque se é pra sujar, que seja com nome de respeito militar. Fontes dizem que o nome foi escolhido pra ver se alguém em Washington resolvia dar uma força.
E quando a história azedou? Quando surgiram denúncias de que os veículos prometidos para coleta de lixo eram “novinhos”, mas chegaram mais velhos que a Kombi do avô. Um vereador ousado, Wanderson da Rocha Leite, botou a boca no trombone e virou personagem de reality show municipal, sendo chamado de “ameaçador” — status que ninguém sabe se é por coragem ou por excesso de denúncias.
Enquanto isso, os turistas agora fazem tour pelos pontos altos da crise: o caminhão quebrado que virou escultura urbana, os urubus que viraram mascotes oficiais e o ofício do vereador, exposto como relíquia política.
O prefeito? Reza a lenda que está com mala pronta e passaporte na mão, ensaiando a frase “I’m innocent!” e esperando o visto de emergência. Já o TCM? Está de olho — ou com um olho só, dependendo da “articulação” prometida.
E Prado segue firme, provando ao Brasil que aqui o lixo não é só urbano: é também político, institucional e, claro, com selo de exportação.